sábado, 28 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Momento Zen


"Give a kiss and I'll show you the World"

Amy, aquela coisa<

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Use Somebody!

Fezada 1

Sócrates vai ser ouvido, considerado arguido e não chega a Maio.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Que música escutas tão atentamente

Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.



Eugénio de Andrade
(Coração do dia)

E Viva a Liberdade



Será mesmo assim hoje em dia?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Macacos

Se fosse vivo, Charles Darwin faria hoje 200 anos, o que, convenhamos não seria lá muito bom para a saúde. Faz hoje também 150 anos a publicação do livro: "On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life".
Com este livro, Darwin vem tirar a criação do Homem das mãos de deus, enquanto a deposita no seu devido lugar: o acaso associado à fortaleza das espécies. Hoje, porém, fala-se antes em "Intelligent Design", um daqueles conceitos US Made, que traduz uma ideia que de novo nada tem. Intelligent Design, no fundo e de forma muito simplista, exprime que certas características do universo e dos seres vivos, as quais são melhor explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural, ou seja, deus quis que assim fosse e tudo o que conhecemos é-o assim por sua vontade.
Este argumento dá uma incrível supermacia a todos os criacionistas, porque, puramente não se pode provar que deus não existe e que as coisas não são obra da sua mão. Mas faça-se então a contra-pergunta: poder-se-à provar que deus existe? Provas que não deixem qualquer tipo de dúvida?
Não sei...
Por este post apenas venho dizer, que qualquer discussão racional sobre deus, é uma discussão condenada à partida. Não se pode discutir coisas que não se ligam, porque a ordem de argumentos é totalmente contrária. A prova racional vs. a fé incondicional (mesmo a fé inteligente, que também existe), e a fé é sempre an argument killer, porque a crença só pode ser aceite ou renegada de livre e espontânea vontade, nunca imposta.
Assim, apenas quero salientar que qualquer que seja a teoria seguida, ambas são totalmente legítimas, pois ambas falam de coisas totalmente diferentes. Enquanto o criacionismo é do domínio do sagrado, a evolução das espécies é do domíninio da ciência.

Lenny Krevitz

"Depois do triunfo o ano passado no palco do Rock In Rio, onde encerrou o primeiro dia, Lenny Kravitz regressa a Portugal, desta vez em nome próprio.
O músico norte-americano, cujo primeiro álbum data de 1989, estará no próximo dia 5 de Maio em Portugal para uma actuação única no Pavilhão Atlântico.
A digressão LLR 20(09)celebra precisamente as duas décadas sobre o lançamento de "Let Love Rule", o álbum debutante. A editora de Lenny Kravitz também se junta à efeméride e prepara uma edição de luxo com uma versão remasterizada e vários conteúdos extra com lançamento previsto para dia 20 de Abril.
Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais e custam entre 30 e 40 euros."

in sapo

Acabei de saber desta boa notícia, e logo a seguir tive um choque com o preço dos bilhetes! Dá para acreditar? Entre 30 e 40 euros, como é possível?
Estamos a atravessar uma crise económica, desemprego e dívidas por todos os lados, e mesmo assim ainda se lembram de cobrar 40€ por um bilhete para assistir a um concerto de 2 horas!
Todavia, estive o ano passado no Rock in Rio e foi espetacular, Lenny Krevitz ao vivo é uma agradável suspresa.

Um Perigo Real...

E se um dia um cometa colidir com a Terra? Clica.

Vários filmes retratam esse problema e é sempre algo que julgamos que nunca acontecerá.

Rage!

Rai's partam o pessoal deste blog! Cambada de amorfos pá! Com exceção (rai's partam o acordo ortográfico, que não me deixa escrever excepção!) do mui douto FNL e da mui excelente Cat Salvaterra, ninguém cá vem escrever nada ou tentar dar a isto algum sentido.
Vá lá, provem (myself included) que não são um desperdício de personalidade jurídica, e tratem de existir na blogoesfera (rai's partam a palavra blogoesfera, que não há outra mais feia nos dicionários cá do burgo!)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

L'allegoria della signorina Eluana Englaro

Kuolema. موت. A Halál. Der Tod. 死亡. Death. Ölüm. La Mort. 死.
É este o nome da morte. Um esqueleto com uma gadanha, uma parada negra, uma linda mulher de carnudos lábios vermelhos. É este o aspecto da morte.
Pelo menos é o que se diz.
Será justo chamá-la a nós, quando ela se recusa a vir?
Como toda a gente sabe, Eluana Englaro morreu. Honestamente pouco me importa o caso pessoal de Eluana, porém, importa-me, e bastante, o caso da morte médicamente assistida. Será de admitir esta prática, com todas as questões que levanta?
Por razões de Direito stricto sensu não é possivel concordar. Para quem não tiver vida (vida.lol), e quiser conhecer das razões de Direito, é favor consultar os maravilhosos tomos do Tratado de Direito Civil Português do Professor Menezes Cordeiro. É totalmente inadmissivél que se tire a vida a um Ser Humano, pois isso constituiria um crime, um homicidio que deve sempre ser combatido, pois para além das inumeras normas legais que se quebrariam, estar-se-ia a violar o mais precioso bem do Homem.
No entanto, há vida (vida.lol) para além da douta Juris Scientia.
Deixemos Eluana no sitio onde pertençe, e imaginemos alguém, na plenitude das suas capacidades cognitivas, mas que por alguma razão não tem capacidades motoras. Imaginemos também que essa pessoa nem sempre foi assim, que trabalhava, que tinha uma familia e que se valia por si próprio. Será então assim tão descabido que ela anseie pela sua morte? Será assim tão descabido que alguém o ajude a morrer? Será que a vida é sempre um bem superior, ou esta deve estar à disposição do seu dono (e aqui, dono de facto!).
Em Roma, ao Homem era-lhe reconhecido o Direito a morrer às suas próprias mãos, quando assim o achasse conveniente. No Japão feudal muitas vezes se cometia o suicidio ritual quando se caía em desgraça. Sócrates (o da filosofia), bebeu por sua mão a cicuta que o matou, totalmente consciento dos efeitos.
Desde sempre que o suicidio é visto em certos casos como um fim honrado daquele que o comete.
Assim, não será mais Humano ajudar a que seja feita a vontade daquele, do que mantê-lo vivo?
Não sei. Palavra de honra que não sei. Nem sequer sei se estando eu nessa situação manteria este pensamento.
Longe de mim fazer a apologia do suicidio! Nunca será esse o meu fito, em tempo ou situação alguma. Apenas digo o que para mim é uma verdade absoluta: custa-me muito mais saber que alguém está vivo numa vida que não o é, do que saber que esse alguém encontrou a paz perpétua (onde não se paga contas, e onde não se tem de estudar p'rós exames!).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Pienso en tí

Cada día pienso en tí
pienso un poco mas en tí
despedazo mi corazón
se destruye algo de mí.

Cada día pienso en tí
pienso un poco mas en tí.

Cada vez que sale el sol
busco en algo el valor
para continuar así
y te veo así y no te toque
rezo por ti cada noche
amanece y pienso en ti
y retumban en mis oídos
el tic-tac de los relojes
y sigo pensando en ti
y sigo pensando...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Abuso de posição dominante

A Comissão Europeia difundiu novas orientações para os caminhos do Direito da Concorrência e do combate ao abuso de posição dominante.
Em documento divulgado em Dezembro (aguarda-se ainda pela publicação oficial) a Comissão Europeia difundiu novas orientações para os caminhos do Direito da Concorrência e do combate ao abuso de posição dominante. No centro das suas reanimadas preocupações - o consumidor.
Através destas orientações, a comissão procura tornar a sua intervenção cada vez mais efectiva e transparente contra as empresas que pretendam crescer à custa da eliminação de concorrentes, limitando as opções do consumidor e desmotivando a inovação.
Desde 2005 que a Direcção-Geral da Concorrência recolhia os frutos de uma discussão pública, entusiasticamente participada, em torno do artigo 82.º do Tratado da UE. O extenso e incisivo documento de trabalho inicial deu agora lugar a uma versão mais reduzida e menos polémica, tendo-se optado por excluir, entre outras matérias, uma definição fechada de abuso de posição dominante e de conduta excludente. Mais do que a imposição de normas inicialmente prevista, optou-se finalmente apenas por definir prioridades de actuação.
O conceito de abuso de posição dominante e das condutas tendentes à exclusão de concorrentes foi sendo trabalhado nesses debates dos últimos três anos e também no âmbito de processos com repercussão mediática, como os casos Wanadoo, Microsoft e Telefónica.
Geralmente, o abuso de posição dominante concretiza-se através de condutas que tomam diferentes formas - cláusulas de exclusividade, descontos, ‘tying' e ‘bundling', preços predatórios, recusa de fornecimento e ‘margin squeeze'. Estas técnicas anti-concorrenciais, ponderadas neste documento, substanciam uma política de exclusão de concorrentes. Através das orientações, a Comissão dá a conhecer os quadros do pensamento analítico que utiliza para detectar e punir essas condutas.
O texto da Comissão começa por identificar a presença dominante de uma empresa. O domínio nasce de uma combinação dinâmica de factores - o mercado, a sua evolução, os concorrentes actuais e potenciais, fornecedores e clientes - todos ponderados na equação do domínio.
A Comissão entende que o critério da quota de mercado é um bom indicador de base para a existência de domínio (naturalmente, através de uma análise activa e casuística dessa quota naquele mercado). E refere, de acordo com a sua experiência, que com uma quota de mercado abaixo dos 40% não é provável esse domínio, da mesma forma que acima dessa quota e por um período prolongado existirão já indícios preliminares de uma posição dominante. A Comissão considera ainda como outro indício de posição dominante a capacidade isolada de uma empresa em manter os preços elevados, acima do preço competitivo, durante um período de tempo significativo, imune à pressão do mercado e de concorrentes.
Identificado o domínio, a Comissão frisa que o teste central reside em saber se o concorrente excluído era um verdadeiro concorrente - isto é, se em abstracto, seria, no mercado, tão apto e eficaz como a empresa dominante. O mercado só é prejudicado se a conduta do dominante impedir o acesso ou a expansão de um concorrente tão eficiente como ele, e que, sobretudo através da sua política de preços e de inovação, traria benefícios ao consumidor.
Há, evidentemente, motivações de eficiência que a empresa dominante pode invocar e que poderão justificar a sua conduta. A empresa em causa terá de justificar perante a Comissão que a conduta não prejudica os consumidores; que os benefícios - de melhoria técnica e/ou de redução de custos de produção ou distribuição - superam largamente os alegados efeitos anti-concorrenciais; e que a conduta é proporcional ao fim visado e é o único meio de atingir tais benefícios.
Em suma, destas novas orientações resulta que o princípio não é o da ilegalidade do domínio mas do domínio sem mérito. Com a posição de domínio nasce uma responsabilidade acrescida perante o mercado e os consumidores - ‘survival of the fittest.... but also of the fairest'!

Ana Rita Gomes de Andrade
in Diário Económico

domingo, 1 de fevereiro de 2009

What?

Hugo Chávez quer governar até 2049.

Quem o consegue parar?

The Freeport affair...

Já que todo o homem-bom opina...
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"J'ACCUSE

Há 111 anos, a 13 de Janeiro de 1898, foi publicada a mais grandiosa peça jornalística de todos os tempos. Escrita como carta aberta ao presidente de França, é um apelo indignado em nome de um inocente injustamente condenado, libelo contra um sistema judicial corrupto e uma opinião pública contaminada pela manipulação da verdade e pelos seus preconceitos (o condenado era judeu) através de uma campanha mediática "abominável". Num estilo que cruza o jornalismo e o manifesto, descreve a forma como um homem foi desonrado, julgado e condenado a prisão perpétua com base em provas falsas que, sendo consideradas "secretas", nem sequer lhe foram reveladas, e demonstra como o verdadeiro culpado foi absolvido por juízes cientes da sua culpa. Tem como título J'accuse...! (Eu acuso...!), e é uma defesa empolgada e empolgante da verdade e da justiça.O seu autor, Émile Zola, sabia ao escrever o risco que corria - aliás, escreveu jogando nesse risco, o de ser acusado de desrespeito e difamação e de poder fazer do seu julgamento a demonstração do que afirmava. Conseguiu o que queria: virar a França a favor do inocente condenado (Dreyfus) - mesmo se à custa de reacções violentas contra ele e contra Dreyfus, incluindo motins anti-judaicos - e reabrir o respectivo processo, mas também ser julgado, três escassas semanas após a publicação do artigo. Foi condenado à pena máxima no caso, um ano de cadeia, a que escapou fugindo para o estrangeiro.Zola voltaria a França para assistir à reabertura do processo Dreyfus, no qual este foi, incrivelmente, condenado de novo. Seria no entanto "perdoado" e acabaria ilibado em 1906, reintegrado e promovido no exército que o expulsara. Zola, arruinado pela defesa de Dreyfus, tinha morrido há quatro anos, sem ver satisfeita a sua exigência de justiça. Na verdade, a justiça nunca foi realmente feita: ninguém - nem os oficiais do exército que cozinharam a sua "culpa", nem os juízes e procuradores que o condenaram sonegando-lhe as provas, nem aqueles que a propagaram sem se esforçarem por conhecer a verdade - foi julgado pelo martírio de Dreyfus. As forças contra as quais Zola se ergueu, "fraco e desarmado" (como disse Anatole France no seu elogio fúnebre), nunca foram derrotadas - apenas o necessário para, naquele caso, lavarem a face, revendo a decisão que condenara um inocente. Fraco consolo.O caso Dreyfus, como muitos outros antes e depois dele, mostra o ladro negro do poder do sistema judicial. Quando um sistema criado para certificar a procura e o triunfo da verdade despreza a verdade e funciona como se estivesse acima das leis por cujo cumprimento lhe cumpre zelar, instrumentalizando o extraordinário poder que lhe é conferido, não há Estado de Direito. Sem Estado de Direito, não há grande chance para a democracia, até porque não há para aí Zolas aos pontapés. O que há aos pontapés é gente que, quiçá imaginando-se da estirpe do autor de J'accuse, se compraz em funcionar como guarda avançada dessa instrumentalização da verdade. "O meu dever é falar, não quero ser cúmplice", escreveu Zola. É sempre boa altura para lhe honrar o repto. "


Fernanda Câncio,
in Diário de Notícias, 30/1/2009
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O mais engraçado é que no dia em que isto saiu, eu me tinha lembrado de 'tentar' fazer uma coisa parecida. Assim sendo, poupa-se o trabalho e o escrito aqui fica para se ver que "nem todos os pombos que vão ao milho, sabem, distinguir entre milho bom e um sucedâneo meio inglês meio oposicionês".