...como eu te dou razão! Toda a razão que conheço, toda e sem deixar nenhuma de parte!
Dou-te a razão, o bem mais precioso que tenho, porque não vejo mais a quem a dar, não vejo quem a mereça, e merecendo-a pege nela e a transforme em algo que valha a pena ouvir e reflectir. Dou-te razão porque aqueles a que eu a devia conceder, não têm dignidade para a ter e não têm sequer capacidade para a compreender.
No fundo dou-te razão porque concordo inteira e puramente contigo, sem reservas nem condições apenas porque sem margem para dúvida estás certo.
Dou-te a razão, o bem mais precioso que tenho, porque não vejo mais a quem a dar, não vejo quem a mereça, e merecendo-a pege nela e a transforme em algo que valha a pena ouvir e reflectir. Dou-te razão porque aqueles a que eu a devia conceder, não têm dignidade para a ter e não têm sequer capacidade para a compreender.
No fundo dou-te razão porque concordo inteira e puramente contigo, sem reservas nem condições apenas porque sem margem para dúvida estás certo.
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Atravessamos hoje uma das mais tristes fases não só da comunicação mas sim da 'opinião' social. Uma fase sem a força bruta da censura ou o alheamento do alfabetismo, uma fase em que a ordem de batalha é o 'carneirismo' (por carneirismo entenda-se toda uma lógica de rebanho, que faz com que toda a gente se sinta na obrigação de seguir os mesmos pensamentos sem neles depositar um só segundo).
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Seja para que ponto cardeal nos viremos vemos sempre os mesmo 'parvos', 'parvos' esses que podem mudar de roupa, de nome, de cara e fisionomia, podem até mudar de 'cor', mas no fundo são sempre os mesmos 'parvos' sem apelo nem agravo, são no fundo os 'parvos' que queremos ouvir, porque pouco mais que eles conhecemos.
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Mas pergunto-me: são eles que moldam a sociedade, ou será a sociedade que os molda a eles? São eles que são triviais, fúteis, ou nós que não merecemos melhor? Sinceramente acho que esta é uma questão de equilibrio estabelecido entre 'nós' e 'eles'. 'Eles' apenas dão aquilo que lhes é pedido, tendo brio em que seja tão mau quanto 'nós' o somos, e 'nós' não somos mais que valentes asnos que apenas se preocupam em comer a todas as refeições doutrina já mastiga e casos práticos cuja solução já alguém a tem, pura e simplesmente porque não somos capazes de pensar, não somos capazes de ir sem ler primeiro em livros, tratados, teses e afins, como se faz e o que é, perdendo o que nos diferencia dos bichos, o raciocínio.
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Porém, ainda temos alguns, se bem que poucos e cada vez mais raros, 'filhos de aurélio' cuja preocupação é agitar a água, provar que nada é estático, e sobretudo, que ninguém é dono de uma razão absoluta, por mais consensual que ela seja. Assim a irreverência do espírito é a única arma que se tem contra todo um sistema que a visa relegar para segundo plano, tornala uma anomalia, uma falha da concepção que dizem ser a ideal, a melhor.
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