segunda-feira, 30 de março de 2009

mé...


Dedicado ao carneirismo que por aí se vê, felizmente ainda não neste blog.

sábado, 28 de março de 2009

Afinal havia outro...

...modo de pensar na igreja católica. Ele anda lá escondido, sorrateiro, fazendo apenas pequenas sortidas tímidas incapazes de serem uma verdadeira evolução.

O bispo de Viseu (a terra do Dani que vai trazer chocolate da Suiça) saiu a terreiro para defender o uso de preservativo por infectados com o HIV que mantenham uma vida sexual activa. Nas suas palavras (santas palavras.lol) existe um dever moral de não transmitir o bicho da sida para um incauto terceiro adquirente, sendo o preservativo não só aconselhável como eticamente obrigatório.
Antes, já o bispo das Forças Armadas tinha usado da palavra, dizendo que não consentir o uso do preservativo é consentir na morte de muitas pessoas, tendo terminado ainda com uma bela pièce de résistance considerando que as pessoas que estão aconselhar o Papa deveriam ser mais cultas (ponham-se as "" onde por bem se achar, que a mim não me apetece).


Ah, e promovam lá um destes dois tipos a cardeal, p'ra ver se ele chega a papa, é que já lá falta um que tenha a moleirinha em bom estado

Advogados criticam "abuso de poder" de bastonário




"Bastonário dos Advogados publicou no 'Boletim' deste mês um artigo em que acusa a PJ de combinar a carta anónima que deu origem à investigação do caso a que está ligado José Sócrates. Membros da Ordem dos Advogados, ex-bastonários e juízes defendem que, como bastonário, Marinho Pinto, não poderia escrever uma "peça jornalística" naquele lugar".

FONTE: DN

sexta-feira, 27 de março de 2009


Neste blog vai um comer e calar que mete dó... (que a carapuça sirva a quem por bem se achar destinatário)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Estudantes anti-Bolonha ocupam faculdades em Barcelona

"Com a acção de hoje sobem para três as faculdades ocupadas por estudantes nas últimas horas depois de acções idênticas, ao final da noite de terça-feira, nas Faculdades de Geografia e História e de Direito da Universidade de Barcelona. Os alunos da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) planeiam ficar encerrados no edifício - que esteve ocupado já durante duas semanas por protestos idênticos em Dezembro - até que sejam ouvidos pela reitoria. Em comunicado, exigem um diálogo com os estudantes e que se declarem legítimos os resultados de referendos realizados aos alunos, respeitando assim a sua decisão de congelar a aplicação do Processo de Bolonha. As ocupações na Universidade de Barcelona, por seu lado, foram realizadas depois de um encontro com mais de 200 estudantes, que acordaram ainda iniciar uma greve de três dias, que se prolongará até sexta-feira. As acções das últimas horas surgem uma semana depois de a polícia ter desalojado a reitoria da Universidade de Barcelona, que esteve ocupada pelos alunos durante quatro meses, também em protesto contra o Processo de Bolonha. Essas acções policiais acabaram numa batalha campal entre estudantes e polícias que causou dezenas de feridos, entre eles fotojornalistas que denunciam excessivo uso de força pelas autoridades. A polícia regional defendeu já a acção dos agentes considerando que actuaram segundo as normas. A Declaração de Bolonha, que resultou do denominado Processo de Bolonha, foi assinada pelos ministros da Educação de 29 países europeus, em Junho de 1999. O texto representa uma mudança significativa nas políticas do ensino superior dos países envolvidos, procurando estabelecer uma Área Europeia de Ensino Superior a partir de reformas nacionais dos vários sistemas de ensino. O Processo de Bolonha, que pretende avançar na unificação do sistema universitário europeu, tem sido alvo de protestos sucessivos em Espanha, com os alunos a considerar que representa um aumento das propinas e o "mercantilismo" do sistema educativo. "

in www.sic.pt
Por lá as coisas também não estão fáceis...

sábado, 21 de março de 2009

Um Ladrão no Algarve...

"Desta vez resolvi eu, foi tão bonito como o Liedson não foi?"

Pára tudo!


sexta-feira, 20 de março de 2009

O grupo parlamentar do PS propõe o nome do nosso mui querido, venerado, admirado e amado Professor Jorge Miranda, para o cargo vago de Provedor de Justiça da República Portuguesa, cargo o qual se encontra vago há já 8 meses, desde que terminou o mandato de Henrique Nascimento Rodrigues. O Profeesor dispôs-se a aceitar o cargo, mediante a um consenso de 2/3 dos Deputados da nação.

Assim, assiste-se à resolução de dois eminentes problemas:
  • o funcionamento regular de uma das mais importantes (e desprezada) instituições das Democracias modernas;

  • a facilitação da vida em inumeros aspectos, nomeadamento os que se prendem com a análise e sistematização da Constituição da República Islâmica do Irão, a alunos do 1º ano da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Já que por músicas num blog é (alegadamente) rabeta...

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Aqui havia um post temporário, e devido à sua natureza temporária, agora já não 'tá cá.
Foi-se, ardeu!
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quarta-feira, 18 de março de 2009

Meu bom FNL...


...como eu te dou razão! Toda a razão que conheço, toda e sem deixar nenhuma de parte!
Dou-te a razão, o bem mais precioso que tenho, porque não vejo mais a quem a dar, não vejo quem a mereça, e merecendo-a pege nela e a transforme em algo que valha a pena ouvir e reflectir. Dou-te razão porque aqueles a que eu a devia conceder, não têm dignidade para a ter e não têm sequer capacidade para a compreender.
No fundo dou-te razão porque concordo inteira e puramente contigo, sem reservas nem condições apenas porque sem margem para dúvida estás certo.
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Atravessamos hoje uma das mais tristes fases não só da comunicação mas sim da 'opinião' social. Uma fase sem a força bruta da censura ou o alheamento do alfabetismo, uma fase em que a ordem de batalha é o 'carneirismo' (por carneirismo entenda-se toda uma lógica de rebanho, que faz com que toda a gente se sinta na obrigação de seguir os mesmos pensamentos sem neles depositar um só segundo).
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Seja para que ponto cardeal nos viremos vemos sempre os mesmo 'parvos', 'parvos' esses que podem mudar de roupa, de nome, de cara e fisionomia, podem até mudar de 'cor', mas no fundo são sempre os mesmos 'parvos' sem apelo nem agravo, são no fundo os 'parvos' que queremos ouvir, porque pouco mais que eles conhecemos.
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Mas pergunto-me: são eles que moldam a sociedade, ou será a sociedade que os molda a eles? São eles que são triviais, fúteis, ou nós que não merecemos melhor? Sinceramente acho que esta é uma questão de equilibrio estabelecido entre 'nós' e 'eles'. 'Eles' apenas dão aquilo que lhes é pedido, tendo brio em que seja tão mau quanto 'nós' o somos, e 'nós' não somos mais que valentes asnos que apenas se preocupam em comer a todas as refeições doutrina já mastiga e casos práticos cuja solução já alguém a tem, pura e simplesmente porque não somos capazes de pensar, não somos capazes de ir sem ler primeiro em livros, tratados, teses e afins, como se faz e o que é, perdendo o que nos diferencia dos bichos, o raciocínio.
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Porém, ainda temos alguns, se bem que poucos e cada vez mais raros, 'filhos de aurélio' cuja preocupação é agitar a água, provar que nada é estático, e sobretudo, que ninguém é dono de uma razão absoluta, por mais consensual que ela seja. Assim a irreverência do espírito é a única arma que se tem contra todo um sistema que a visa relegar para segundo plano, tornala uma anomalia, uma falha da concepção que dizem ser a ideal, a melhor.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pays des rêves



Libertà

Tu sais qu'il y a un bateau qui mène au pays des rêves
Là-bas où il fait chaud, où le ciel n'a pas son pareil
Tu sais qu'au bout cette terre
Oh oui les gens sèment
Des milliers d'graines de joie où pousse ici la haine
On m'avait dit p'tit gars
Là-bas on t'enlève tes chaînes
On te donne une vie
Sans t'jeter dans l'arène
Comme ici tout petit après neuf mois à peine
On te plonge dans une vie où tu perds vite haleine
Alors sans hésiter
J'ai sauté dans la mer
Pour rejoindre ce vaisseau
Et voir enfin cette terre
Là-bas trop de lumière
J'ai dû fermer les yeux
Mais rien que les odeurs
Remplissaient tous mes vœux

I just wanna be free in this way
Just wanna be free in my world
Vivere per libertà
Vivere nella libertà

Alors une petite fille aussi belle que nature
Me pris par la main et m'dis suit cette aventure
On disait même, oh oui que la mer l'enviait
Que la montagne se courbait pour la laisser passer
Elle m'emmena au loin avec une douceur sans fin
Et ses bouclettes dorées dégageaient ce parfum
Qui depuis des années guidait ce chemin, ton chemin, mon chemin, le chemin


Pour arriver enfin à ces rêves d'enfants
Qui n'ont pas de limites comme on a maintenant
J'ai vu des dauphins nager dans un ciel de coton
Où des fleurs volaient caressant l'horizon
J'ai vu des arbres pousser remplaçant les gratte-ciel
J'ai vu au fond de l'eau une nuée d'hirondelles

Pep`s

quinta-feira, 12 de março de 2009

A reliquia de um momento...

quarta-feira, 11 de março de 2009

P'ra fazer saltar as pedras da calçada...



"Some folks are born made to wave the flag,
Ooh, theyre red, white and blue.
And when the band plays hail to the chief,
Ooh, they point the cannon at you, lord..."

P'ra fazer chorar as pedras da calçada....



"I'm not in love, so don't forget it.
It's just a silly phase I'm going through."

domingo, 8 de março de 2009

Mulher




Mulheres à beira-mar

Confundido os seus cabelos com os cabelos
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.

Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.

Passam aves de asas agudas e a curva dos seus
olhos prolonga o interminável rastro no céu
branco.

Com a boca colada ao horizonte aspiram longa
mente a virgindade de um mundo que nasceu.

O extremo dos seus dedos toca o cimo de
delícia e vertigem onde o ar acaba e começa.

E aos seus ombros cola-se uma alga, feliz de
ser tão verde.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 6 de março de 2009

Desde que me cruzei com uma crónica de Eduardo do Prado Coelho, uma vez no Café di Roma dos armazéns do Chiado, pelas 10.45 de uma manhã de fim de Verão onde o Sol já não é castigador, e uma agradável brisa sopra do Tejo, que desenvolvi uma admiração e até uma certa inveja, diga-se em abono da verdade, pela sua escrita, apesar de uma vez por outra, não seguir a sua linha de raciocinio. E desde esse dia até ao da sua última crónica publicada fui um dedicado adquirente do jornal onde essa mesma crónica se achava.
Porém, hoje deparei-me com esta em particular. Já não me recordava dela, mas bastou ler-lhe o titúlo para que do mais profundo e negro recanto da minha mente a lembrança surgisse. Aqui fica ela:



'Pra chorar de vergonha

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, lips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país: - Onde a falta de pontualidade é um hábito; - Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. - Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos. - Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. - Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. - Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame. - Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. - Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. - Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO. E você, o que pensa?'


Eduardo do Prado Coelho,
in Público

quinta-feira, 5 de março de 2009

Dedicado à Sra. Azevedo II

Parabéns! Parabéns! Parabéns!
Desejo que este seja para ti um dia muito feliz, com muitos miminhos e prendinhas, junto daqueles que mais amas ( visto estares longe de casa somos nós, os amigo, claro) e que possamos ainda festejar juntas por muitos, alegres e bons anos.
Aqui fica um beijinho do tamanho do mundo, desta amiga que agradece sempre ter te por perto.

Segue o teu destino

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis

Dedicado à Sra. Azevedo.

segunda-feira, 2 de março de 2009