terça-feira, 4 de março de 2008

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Lembro-me de ir ao circo em criança. Lembro-me particularmente de uma vez em que o circo acentando arraiais no descampado junto à escola, anunciava "O Maior Urso do Mundo!" entre outras maravilhas vindas directamente da estepes geladas da Rússia e dos confins da Turquia. Anunciavam também um pequeno chinês, mestre na arte do jogo da vermelhinha. Dessa vez, o meu pai levou-me a ver uma das sessões do circo. Lá dentro, tudo brilhava e parecia novo. A sessão começa. Bailarinas caminham em arames, acrobatas saltam de trapézio em trapézio, palhaços (e quantos não havia nesse circo, todos ricos, curioso...) brincavam aos doutos Doutores. Era a festa da ilusão! Tudo se desenrola até que chega a hora do numero maior, o Urso e as suas habilidades. O Urso entra na arena coberta de flashes, no entanto, não com o tratador mas com o chinês da vermelhinha. Espanto geral! O urso fazia habilidades recambolescas de modo a não cair de um pequeno monociclo, o chinês usava dos mais velhos truqes para ter os olhos do público sobre ele. E o espectáculo subia de tom! Sempre e cada vez mais, mais acrobacias, mais truques. Os artistas demonstravam ja cansaço, o cansaço típico de quem sabia ser o seu numero, um numero falso. E eis que chega a hora do grand finale, rufam os tambores... e uma explosão! Uma explosão de fumo, nada mais que fumo, aliás, só fumo. E o número acaba, sem Urso, sem chinês. Nada.

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Esta pequena historieta não passa de uma analogia (por pior construída que esteja) do que, no meu entender, acontecerá com a polémica Paulo Portas-Jaime Silva e com a entrada em cena do triste Garcia Pereira.

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