terça-feira, 5 de maio de 2009

Tudo quanto é demais enjoa, e de modo a por um ponto final, ou pelo menos tentar (se me deixarem), venho tentar explicar o sentido da frase, completamente desinserida do contexto do post em questão.
É muito simples: o avanço, por comparação com uma Europa que havia sido devastada por uma guerra de onde resultaram cerca de 50 milhões de mortos, que não possuia (na altura em questão) colónias com a riqueza e diversidade de matérias-primas que por nós era detida, foi muito pequeno em relação ao que deveria ter sido. Se um governo democrático tinha feito melhor? Provavelmete sim, mas não tenho maneira de o comprovar... é apenas uma singela crença.
Já agora, acerca do excerto (excerto: "regime que em nada contribuiu para o avanço de Portugal, sendo apenas uma continuação do (triste) reviralho da 1ª República.") que muito foi criticado por saudosos de algo que, por eles, não poderá ser sentida falta, dado que nunca o conheceram, a minha intenção era falar da evolução política (nunca económica, que é matéria de que eu quase nada sei), evolução essa que foi, porém, uma regressão até aos tempos do sorumbático D. Miguel.

Apenas de modo a que fique claro; este post não se destina a pedir algum tipo de desculpa, ou fazer uma inflexão do que foi por mim escrito, pois continuo com a mesma férrea opinião.
Ainda que por alguma (insondável razão) houvesse lugar a desculpas, elas não se destinariam certamente a qualquer membro deste blog, pois se há coisa em que todos ombreamos é em autoridade moral de passar responsos uns aos outros.

4 comentários:

FNL disse...

Não vou falar do assunto principal deste post em questão. Não vou falar, porque tu não queres que eu fale, até porque para os assuntos principais deste post, outros posts há que isso tratam, e nesses se há-de tratar o que a tratar ainda houver.

Porém, a dada altura do texto deixas uma ideia que importa pegar e reflectir. Neste caso, não é sobre o que dizes que vou falar, antes sobre o que dás a entender.Explico: o que dás a entender é que não mudas de opinião porque és de férreas ideias, que não fazes uma inflexão ao já escrito, nem pedes desculpas (aqui é que eu não entendi mesmo: Porque carga de água veio à baila um pedido de desculpas que recusas? Ou seja, porque vais pegar num assunto que não lembra a ninguém, para de imediato o negares? Mais, porque é que haverias de ter de pedir desculpa? Acaso ofendeste alguém? Porventura colocaste dados errados em cima da mesa? A sério, não entendi mesmo.), nem pedes desculpas, repito, porque és teimoso e não queres. Ponto. Isto foi o que, ao ler o que escreveste, me pareceu, e daí fazer esta reflexão. Porque para o que eu quero agora dizer, não importa que o significado das tuas palavras tenha sido este ou não. O que pretendo é fazer uma reflexão minha, não às tuas palavras. Foi só quando li o que escreveste, que me surgiu a ideia de isto escrever. E portanto, não é a ti que critico (e isto que fique bem claro).

Se num debate, num confronto político, num diálogo discursivo que se pretende ser a base da procura de soluções, uma vez que é da discussão que surge a ideia, nenhum dos intervenientes der o braço a torcer, uma vez que são teimosos e não querem demonstrar fraqueza, de que adianta dialogar?(Já agora, deixo desde já este pedido: se houveres por bem responder ao comentário, agradecia que não me chames de estúpido, néscio, ou outros adjectivos similares.

E acrescento outra coisa: como é que é possível que ao mesmo tempo que defendes o "confronto político de onde surgirá a ideia que melhor servirá a nação portuguesa", optes por utilizar uma linguagem agressiva, roçando o insulto pessoal para com o interlocutor, ao invés de fazer o tal confronto?)

FNL disse...

(Já agora uma simples pergunta sobre algo que referes no post, mas se não quiseres responder não respondas, outras ocasiões haverá para este assunto.
Dizes que a 'evolução política [do Estado Novo, consubstanciou-se] numa regressão até aos tempos do sorumbático D. Miguel.' Significa isto que a Democracia, regime com milénios de existência no mundo, é a meta final para onde obrigatoriamente se terão de encaminhar todos os regimes, sob pena de retrocesso?)

m.v. disse...

1º comentário: não vou responder sobre pena de adensar e prolongar um assunto que de interessante, já nada lhe resta (a resposta às tuas perguntas encontra-se nos meus post's e nos teus comentários.)

2º comentário: não faço a mínima ideia se a democracia pode ser entendida como meta final de uma evolução. Sei porém que esta se provou ser o regime que mais consegue conciliar os interesses das nações, com os dos seus povos. Haverá algum regime melhor que a democracia? Não imagino sequer a resposta a essa pergunta nem tenho em mim dotes de vidente que me permitam perscrutar o futuro e saber se algum regime nunca antes pensado será melhor, agora, como digo no post original, todas as grandes edificações políticas humanas foram resultado de sistemas democráticos (mais ou menos ortodoxos). Assim parece-me que uma democracia é, não apenas o sistema mais justo, como o mais produtivo evolutivamente.

mas isto, isto sou eu que digo, e merece tanta consideração como outra qualquer opinião.

cat salvaterra disse...

Merece toda a consideração m.v.: a democracia é, e até provem o contrário, o regime político onde melhor se conciliam as liberdades individuais, e as necessidades do povo como um todo. Qualquer outro sistema pode até produzir frutos ou conquistar algo, mas sempre à custa do bem estar e liberdade dos cidadãos, por isso não me venham comparar o que não tem comparação possível! Lá está - os fins não justificam os meios...